sábado, 31 de julho de 2010

Cotidiano

Pássaros sempre voam
Namorados se beijam
Senis à porta de casa
Banquinhos ternos, belos assentos.
Bêbados a se embriagar
Vilas vazias, centros lotados.
Desconexamente natural
Vagamente paralisadas, as luzes piscam.
Pombos tomam praças
Assexuados encontram-se no sexo pago
Prostitutas negociam barato
Espirais hipnotizantes
Maledicentes vizinhas às janelas
Medicos examinam, receitam.
Auxiliares auxiliam
E nos shopings: toc- toc das peruas.
Maridos ignoram esposas
Esposas agridem os filhos
Filhos descontam nos cachorros.
Adolescentes se rebelam em vão
E as crianças. Ah! as crianças!
Lindas, epiléticas, sinceramente algozes.
Gente nascendo, luto.
Gente morrendo, luto.
A urbe em frangalhos
O mundo a girar
Meu copo na mão
Meu cigarro na boca
Meu coração quente
Ai, que vida boa!
Tudo igual.

Um comentário:

  1. gostei de tudo!
    parabéns!!!
    continue escrevendo
    depois de uma passeado no meu blog também...
    beijo
    einstein

    ResponderExcluir